As companhias aéreas ao redor do mundo reagiram prontamente a uma Diretiva de Aeronavegabilidade de Emergência (EAD) emitida pela Agência Europeia de Segurança da Aviação (EASA), após a Airbus detectar uma fraqueza que impactava alguns computadores de controle de voo da linha A320.
O EAD, que entrou em vigor em 29 de novembro de 2025, às 23h59 UTC, solicita que os operadores das aeronaves afetadas substituam ou façam modificações em todos os computadores de aileron de elevador afetados, chamados ELAC B L104, repondo-os por unidades ELAC B L103+ antes de retomar os voos comerciais. Voos limitados de repositionamento, sem passageiros, foram permitidos para mover as aeronaves para manutenção.
A transmissão de alerta da Airbus informa que a vulnerabilidade é restrita ao hardware ELAC B com o software L104, o qual pode ser suscetível à corrupção de dados devido a explosões solares. Dependendo das especificações da aeronave, o alerta permite tanto a atualização do software para o padrão L103+ quanto a substituição física das unidades ELAC impactadas. Isso resulta na rápida reintegração da maioria das aeronaves, ao passo que um número menor pode demandar mais tempo e peças de reposição.
No dia 29 de novembro de 2025, o ministro dos Transportes da França, Philippe Tabarot, anunciou que a Airbus havia resolvido a questão em mais de 5.000 aeronaves em um intervalo de duas noites. Isso corresponde à maioria dos cerca de 6.000 jatos da família A320 que requeriam modificações ou substituições imediatas.
Diversas grandes companhias aéreas relataram que a atualização foi implementada rapidamente, com poucos atrasos e sem cancelamentos significativos. O Grupo Lufthansa, por exemplo, não antecipou nenhum cancelamento devido à situação, com outras companhias fazendo anúncios semelhantes.
Por outro lado, algumas companhias aéreas que possuem uma frota significativa de A320 avisaram sobre potenciais interrupções mais prolongadas. A Avianca, por exemplo, indicou que enfrentaria impactos operacionais significativos nos dez dias seguintes e, como resultado, suspendeu temporariamente a venda de passagens até 8 de dezembro para facilitar a reestruturação dos voos.
Na Índia, relatos indicam que as atualizações de software estavam sendo realizadas em larga escala nas frotas domésticas, com os operadores se esforçando para cumprir os prazos estipulados.
Entretanto, alguns operadores ainda estão encontrando dificuldades. A Avianca da Colômbia, por exemplo, comunicou que mais de 70% de sua frota foi afetada, prevendo interrupções contínuas nos próximos dez dias e bloqueando as vendas de passagens até 8 de dezembro de 2025.

