O governo brasileiro realizou hoje um leilão para a concessão de 13 dos 19 aeroportos de menor porte do país. A GRU Airport, que já administra o Aeroporto Internacional de São Paulo, foi a principal vencedora, assegurando 12 dos empreendimentos. A operadora alemã Fraport ficou com a única concessão restante, tendo experiência na administração dos aeroportos de Porto Alegre e Fortaleza.
As companhias que venceram o leilão terão a responsabilidade de operar esses aeroportos por um período de 30 anos, comprometendo-se a investir 700 milhões de reais na revitalização da infraestrutura. Esta iniciativa faz parte do Projeto AmpliAr, promovido pelo Ministério dos Portos e Aeroportos, que visa fortalecer a aviação regional por meio da modernização de 100 pequenos aeroportos no Brasil, buscando atrair a iniciativa privada.
A GRU Airport, que pertence ao grupo de investimentos Invepar, irá assumir a gestão dos aeroportos localizados em Lençóis, Paulo Afonso, Barreirinhas, Porto Alegre do Norte, Araripina, Garanhuns, Serra Talhada, São Raimundo Nonato, Canoa Quebrada, Cacoal, Vilhena e Araguaína. Embora essas cidades sejam menores e apresentem demanda reduzida por voos comerciais, algumas delas têm potencial turístico significativo ou capacidade para ampliar o transporte de cargas. Em 12 das concessões, a GRU Airport não teve concorrência, conseguindo assegurar todas pelo valor mínimo estipulado.
O aeroporto de Jericoacoara foi o único a gerar competição. A Fraport, a GRU Airport e a PRS Aeroportos apresentaram propostas, resultando em uma oferta aumentada por parte da operadora alemã para garantir a vitória. Jericoacoara é visto como um destino turístico atrativo e também é estratégico para a Fraport por sua proximidade ao aeroporto de Fortaleza, por ela já administrado.
Seis dos 19 aeroportos não atraíram o interesse do setor privado e continuarão sob gestão pública, entre eles estão Tarauacá, Barcelos, Itacoatiara, Parintins, Itaituba e Guanambi.
Além disso, a Embraer prevê a entrega de 77 a 85 aeronaves comerciais em 2025, superando as 73 entregues em 2024. Esse será o terceiro ano consecutivo de crescimento, após 64 entregas em 2023. No total, considerando os segmentos de aviação executiva e defesa, a companhia entregou 206 aeronaves no último ano, em contraste com as 181 do ano anterior.

