O Departamento de Transportes dos Estados Unidos (DOT) apresentou uma proposta que visa proibir as companhias aéreas da China de utilizarem o espaço aéreo russo em voos entre os EUA e a China. Essa medida busca corrigir o que o departamento considera como uma vantagem desleal para as transportadoras chinesas.
No dia 9 de outubro de 2025, o DOT enviou essa proposta, que foi divulgada pela Reuters, argumentando que a ação é necessária para “nivelar o campo de competição” entre as companhias aéreas dos dois países. No momento, diversas empresas chinesas ainda realizam voos sobre a Rússia, mesmo com as restrições que outros países impuseram após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
A nova diretriz do DOT caracteriza a situação atual como “injusta”, ressaltando que isso resultou em “impactos competitivos negativos significativos para as aéreas dos EUA”. Isso indica que as companhias aéreas americanas enfrentam desvantagens nas rotas em questão, já que não têm acesso igualitário ao espaço aéreo em comparação com as chinesas.
Caso a proposta do DOT seja aprovada, afetará diversas companhias aéreas chinesas, como Air China, China Eastern, Xiamen Airlines e China Southern Airlines, que operam na rota entre China e EUA. Com a proposta, as transportadoras chinesas terão apenas 48 horas para se manifestar, e a decisão final pode ser aplicada já em novembro de 2025.
A medida ocorre em um contexto de crescente tensão geopolítica. As relações entre os EUA e a China estão tensas devido à guerra comercial, que se intensificou com o aumento de tarifas sobre produtos chineses para 145% em abril de 2025. Em retaliação, a China elevou suas tarifas sobre importações dos EUA para 125%, intensificando o ambiente de conflito comercial.
Recentemente, em 12 de maio de 2025, a administração de Trump conseguiu uma pausa nas tarifas, reduzindo-as para 10%. No entanto, esse acordo está previsto para vencer em 10 de novembro de 2025, e ainda há incertezas sobre as ações que cada país tomará ao término do acordo.

