O Ministério Público português instaurou quatro arguidos, dois indivíduos e duas empresas, após buscas realizadas nas instalações da TAP, em Lisboa, no dia 18 de novembro. Essas investigações estão ligadas a uma denúncia feita ao MP em 2022 acerca da privatização da companhia aérea em 2015.
Conforme divulgado no site do MP, “após as buscas de hoje, foram constituídos quatro arguidos: duas pessoas singulares e duas coletivas”. Segundo a CNN Portugal, os indivíduos implicados são Humberto Pedrosa e seu filho, David Pedrosa, que são proprietários do Grupo Barraqueiro, também alvo das buscas.
O MP esclareceu que “não houve detenções” durante a operação. Ao longo do dia, foram realizadas buscas em 25 locais, incluindo empresas e escritórios de advogados, sem que detenções estivessem programadas.
O caso remonta a 2015 e envolve suspeitas de gestão danosa, participação econômica em negócio, corrupção no setor privado, fraude fiscal qualificada e irregularidades relacionadas à Segurança Social. A investigação está atenta às circunstâncias que cercaram a privatização da TAP e os custos associados ao processo.
Especificamente, a investigação analisa a aquisição de 61% do capital social da TAP pelo grupo ATLANTIC GATEWAY, que ocorreu através da PARPÚBLICA, além das operações de capitalização da empresa com recursos provenientes de um financiamento entre a Airbus e a DGN Corporation, acionista da Atlantic Gateway.
O Grupo Barraqueiro, liderado por Humberto Pedrosa, confirmou que suas instalações também foram alvo das buscas relacionadas à privatização e expressou confiança na sua atuação durante o processo. A empresa declarou, em comunicado, que já havia fornecido um dossiê completo ao Ministério Público com todas as informações relevantes, contatando a ausência de qualquer ato que pudesse ser considerado irregular.

