Quatro novos helicópteros dedicados ao serviço de emergência médica iniciaram suas operações a partir de hoje, funcionando 24 horas por dia, após um atraso de quatro meses.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) divulgou que um novo contrato para o helitransporte de emergência foi firmado com a empresa maltesa Gulf Med Aviation Services, garantindo, a partir deste sábado, a constante disponibilidade dessas aeronaves, que estão presentes nas bases de Macedo de Cavaleiros, Viseu, Évora e Loulé. A iniciativa visa proporcionar cobertura aérea a todo o território continental, operando diariamente.
Embora o contrato tenha sido concedido à Gulf Med no final de março, só em outubro o serviço começou a funcionar continuamente, primeiro com aeronaves das bases mencionadas.
O concurso público, que resultou na contratação da empresa maltesa por aproximadamente 77 milhões de euros, originalizava que a operação dos helicópteros começasse em 1 de julho, o que não se concretizou.
Diante disso, o INEM pretendia realizar um ajuste direto com a mesma empresa para garantir o transporte de pacientes em situações de urgência, mas essa proposta foi rejeitada pelo Tribunal de Contas.
A Gulf Med indicou a possibilidade de processar o Estado português, contestando as alegações do Tribunal de Contas, que afirmou que a empresa agiu de forma desonesta durante o processo com o INEM.
O leilão internacional começou em novembro de 2024, e a decisão de atribuição à Gulf Med foi anunciada em março, com previsão de operação dos quatro helicópteros até 2030.
Até então, o transporte aéreo de emergência estava sendo realizado pela mesma empresa em conjunto com a Força Aérea Portuguesa, que foi acionada pelo INEM em julho para compensar a escassez de aeronaves.
Os novos helicópteros oferecem condições para o transporte inter-hospitalar de recém-nascidos, garantindo segurança e estabilidade clínica, uma vez que têm capacidade para carregar incubadoras.

