A aviação comercial nos Estados Unidos começou com um importante voo em 1914, que durou apenas 23 minutos entre Saint Petersburg e Tampa, na Flórida. Contudo, a verdadeira expansão deste setor começou após a Primeira Guerra Mundial, na década de 1920. Mesmo assim, a acessibilidade das passagens ainda era um desafio significativo: nos anos 30, um bilhete aéreo podia custar até 20 mil dólares, limitado a uma elite financeira. Foi somente em 1970 que a indústria aérea viveu uma revolução com o surgimento da Southwest Airlines, a primeira companhia de baixo custo.
O modelo de companhias low cost se popularizou nas décadas seguintes, especialmente nos anos 90, quando empresas como Ryanair e EasyJet começaram a dominar o mercado europeu. No Brasil, a chegada desse modelo foi mais tardia; a Companhia Aérea Sky, do Chile, iniciou suas operações em 2014, seguida pela JetSMART e Voar Bondi em 2019. Recentemente, em 2020, a Arajet, da República Dominicana, também começou a operar no país.
As companhias aéreas de baixo custo são ideais para viajantes que priorizam o custo em detrimento de certos confortos. Elas geralmente se concentram em rotas diretas, possuem frotas padronizadas e oferecem tarifas reduzidas em troca da exclusão de serviços não essenciais. O passageiro paga um preço básico e pode optar por serviços adicionais, como bagagem e refeições. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), as passagens devem incluir, no mínimo, uma bagagem pessoal de até 10 kg.
Atualmente, as quatro companhias low cost que operam no Brasil realizam cerca de 130 voos por semana, conectando cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador a destinos na América do Sul e no Caribe, incluindo Argentina, Chile, Uruguai e República Dominicana.
Um exemplo de preço é o custo médio de um voo entre o Rio de Janeiro e Buenos Aires, que varia entre 100 e 200 dólares, dependendo de promoções e da tarifa escolhida. As low cost costumam oferecer três tipos de tarifas, permitindo opções desde apenas um item pessoal até combinações com bagagem despachada e escolha de assentos.
Entre as operadoras estão a CÉU AÉREA, que começou em 2014 e oferece voos para países como Uruguai e Argentina; a ARAJET, com operações desde 2022 focadas em conexões para Punta Cana; a JETSMART, que conecta diversas cidades brasileiras a destinos sul-americanos; e a FLYBONDI, que chegou ao Brasil em 2019, com plano de expandir suas rotas ainda mais.
Os viajantes devem ficar atentos às rotas disponíveis e seus respectivos preços para aproveitar as oportunidades que essas companhias oferecem.


