O presidente do Governo dos Açores informou que a extensão do prazo para a Azores Airlines ainda não recebeu aprovação formal da Comissão Europeia, embora tenha notado uma “tendência para o entendimento” das autoridades europeias.
José Manuel Bolieiro esclareceu, em declaração aos jornalistas na sexta-feira, 5 de janeiro, que houve uma série de diálogos e reuniões, coordenadas pelo secretário das Finanças, que ainda precisam ser formalizadas. Ele destacou a receptividade demonstrada em relação ao pedido de prorrogação.
Atualmente, o prazo estabelecido para a privatização da Azores Airlines permanece em 31 de dezembro de 2025, mas Bolieiro elogiou a comunicação entre o governo regional e a Comissão Europeia.
O presidente negou quaisquer “contradições” entre suas declarações e as do secretário das Finanças, afirmando que há informações que foram divulgadas publicamente e outras que se referem ao processo de formalização.
Em 25 de novembro, Bolieiro já havia sugerido que a privatização da companhia poderia ser adiada, indicando a necessidade de novas conversas com a União Europeia. No dia 27, o secretário das Finanças comunicou que a Comissão Europeia aceitou a solicitação de extensão do prazo de reestruturação da SATA até dezembro de 2026.
Bolieiro também evitou especular sobre prazos em resposta às declarações de Carlos Tavares, membro do consórcio que demonstrou interesse na Azores Airlines, que previu assumir o controle da companhia na próxima primavera. Ele enfatizou que se deve concentrar em realidades e fatos, sem se envolver em especulações.
Sobre a possibilidade de uma remodelação no governo, Rubem Bolieiro disse que qualquer mudança será anunciada no momento certo, quando estiver decidido.
O consórcio ‘Atlantic Connect Group’ apresentou uma proposta no valor de 17 milhões de euros para adquirir 85% da Azores Airlines, que inclui a compra de nove aeronaves.
Em junho de 2022, a Comissão Europeia autorizou um auxílio estatal para a reestruturação da companhia, totalizando 453,25 milhões de euros, contemplando empréstimos e garantias que visam reorganizar a estrutura da empresa e reduzir sua participação acionária para menos de 51%.

