O Aeroporto de Cruz, que serve Jericoacoara, foi adquirido pela Fraport, trazendo novas perspectivas para o setor aeroportuário no Ceará. Com os leilões do programa AmpliAR, do Governo Federal, ao menos dois dos dez aeroportos regionais do estado, como o de Aracati/Canoa Quebrada e Cruz/Jijoca de Jericoacoara, estão prestes a ganhar impulso para se desenvolver.
Outros aeroportos da região ainda enfrentam desafios, mas existe esperança de que Iguatu e Sobral possam ser incluídos em uma futura fase do programa, que visa conceder aeroportos sob controle estatal.
O destaque ficou para a Fraport, que agora também administra o aeroporto de Cruz/Jericoacoara, além do Aeroporto Internacional Pinto Martins em Fortaleza. Em apenas dez meses, o aeroporto da capital cearense já recebeu mais de 5 milhões de passageiros.
A GRU Airport arrematou o aeroporto de Aracati, onde são previstos investimentos de aproximadamente R$ 45 milhões para modernização do terminal e melhorias operacionais. A expectativa é que voos comerciais retornem em 2026, após a suspensão das operações pela Azul.
Eduardo Bismarck, secretário do Turismo do Ceará, enfatizou que a demanda por voos é alta, com até cinco operações comerciais em dias específicos. Quanto ao aeroporto de Jericoacoara, estão previstos investimentos acima de R$ 100 milhões para expandir a infraestrutura, aumentar a capacidade de circulação de aeronaves e potencialmente internacionalizar o terminal, facilitando voos diretos de outros países.
Bismarck também comentou sobre a importância dos outros aeroportos regionais para a aviação geral e seu papel no desenvolvimento econômico do estado. Há discussões para a inclusão de aeroportos como Sobral em futuras etapas do programa AmpliAR, visando aumentar a conectividade regional.
Enquanto isso, os aeroportos de Cruz/Jeri e Aracati/Canoa Quebrada se preparam para um futuro promissor com investimentos significativos, restando a dúvida se as limitações do setor de aviação civil não serão um obstáculo para esse esperado crescimento.
O Brasil, apesar dos leilões recentes, ainda enfrenta desafios para o desenvolvimento sustentável da aviação, com especialistas apontando para questões relacionadas a custos operacionais, especialmente no que diz respeito aos combustíveis. Eles destacam a necessidade de uma infraestrutura adequada para garantir uma distribuição eficiente.
Por fim, o mercado de aviação ainda é dominado por grandes companhias, limitando a concorrência. Especialistas sugerem que a entrada de novas empresas regionais poderia aumentar o número de destinos atendidos e melhorar a rede de conectividade.
Com novos voos e rotas se aproximando, o Ceará se prepara para um inverno positivo, com expectativa de uma grande movimentação turística, que deve resultar em benefícios significativos para a economia local.

