A companhia aérea irlandesa Aer Lingus enfrenta acusações de práticas anti-sindicais devido à convocação de uma greve de quatro dias pelos tripulantes de cabine stationed no Aeroporto de Manchester. O sindicato Unite anunciou, no dia 17 de outubro de 2025, que 130 de seus membros haviam votado a favor de medidas de ação industrial em protesto pelos salários.

Cerca de 90% dos membros que participaram da votação rejeitaram uma proposta de aumento salarial de 12% ao longo de dois anos, optando por fazer greve entre 30 de outubro e 2 de novembro de 2025. Essa paralisação terá impacto em voos realizados pelo Terminal 2 do Aeroporto de Manchester, que estão programados para destinos transatlânticos, como Orlando, Nova York e Barbados.

Em um comunicado, o Unite alegou que a companhia aérea está tentando contornar a greve utilizando tripulantes de cabine não associados ao sindicato para operar voos entre Manchester e Dublin, oferecendo conexão para os voos internacionais que partem da capital irlandesa. Um passageiro da Aer Lingus, que se viu afetado pelas alterações, relatou que foi notificado em 16 de outubro sobre a greve e que seu voo de Nova York para Manchester no dia 31 de outubro agora incluirá uma escala em Dublin.

O Unite reconheceu que a proposta de aumento salarial de 12% pode parecer considerável, mas ressaltou que os salários base são tão baixos que muitos trabalhadores têm dificuldade em arcar com custos essenciais, como moradia e contas. A secretária-geral do Unite, Sharon Graham, criticou a situação, afirmando que é inaceitável que os funcionários de uma empresa tão lucrativa enfrentem dificuldades financeiras, enquanto a alta gestão recebe salários astronômicos.

Além disso, o sindicato destacou que os tripulantes com base em Manchester recebem subsídios de voo inferiores em comparação aos colegas de Dublin. A Aer Lingus ofereceu um aumento de 15 dólares no subsídio de pernoite nos EUA, totalizando 130 dólares, que o Unite considera insuficiente para corrigir o desequilíbrio.

O sindicato também mencionou que três dos principais executivos da Aer Lingus, incluindo o CEO e o CFO, juntos receberam quase 2,8 milhões de euros em remuneração no ano passado.

Em resposta, a Aer Lingus expressou sua decepção em relação ao voto de ação industrial, afirmando que havia negociado de boa-fé com o Unite. Um porta-voz da companhia ressaltou que um acordo salarial competitivo havia sido alcançado e recomendado pelo sindicato, após um processo de conciliação.

A Aer Lingus afirmou que agora se concentrará em se comunicar diretamente com os clientes afetados, buscando reacomodá-los sempre que possível, a fim de minimizar as interrupções decorrentes da greve.

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