Diante da crescente demanda por pilotos, as companhias aéreas têm implementado diversas estratégias para atrair novos profissionais. O interesse por pilotar nunca foi tão pertinente, especialmente em um cenário onde o elevado custo dos cursos de formação costumava ser uma barreira. Hoje, iniciativas de governos e empresas aéreas buscam atrair esses profissionais, visando preencher uma lacuna crítica no setor.
A pandemia trouxe desafios significativos, como a interrupção dos treinamentos e a aposentadoria de pilotos experientes, o que exigiu que as companhias não apenas repusessem esses profissionais, mas também se preparassem para o aumento das viagens.
Iniciativas de incentivo
Programas como ‘Asas para Todos’, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e a ‘Bolsa Piloto’ desempenham papéis fundamentais na formação de novos pilotos. O ‘Asas para Todos’ busca promover diversidade, inclusão e capacitação na aviação civil. Por outro lado, a ‘Bolsa Piloto’ oferece suporte financeiro direto, permitindo que os alunos escolham onde realizar sua formação prática. O governo também tem contribuído ao lançar editais com bolsas completas destinadas a candidatos de baixa renda.
Essas iniciativas cobrem todas as despesas relacionadas à formação, desde taxas de exames até horas de voo e cursos de idiomas, removendo barreiras financeiras que costumavam impedir muitos candidatos de seguir essa carreira. Para se inscrever, o requisito é ter mais de 18 anos e estar registrado no Cadastro Único (CadÚnico).
Atraindo novos talentos
Com a necessidade urgente de novos pilotos, as empresas aéreas têm adotado várias medidas, como:
- Aumento de salários e benefícios: A elevação dos salários e a oferta de bônus são táticas para tornar a profissão mais atraente.
- Melhorias nas condições de trabalho: Há um esforço para oferecer horários de trabalho mais equilibrados e flexíveis.
- Flexibilização de horários: Algumas companhias têm contratado pilotos com menos experiência, oferecendo bônus significativos e, em certos casos, dispensando requisitos específicos.
- Novas alternativas de formação: Iniciativas como o Proa Direta da Latam demonstram o comprometimento das empresas em investir na formação de novos profissionais.
A discussão sobre a possibilidade de aumentar a idade de aposentadoria dos pilotos, de 65 para 67 anos, também está em andamento para reter talentos experientes. Apesar das promissoras inovações da inteligência artificial para o futuro da aviação, a presença humana continua sendo essencial.
A alta demanda do setor torna esses programas de incentivo vitais para a formação de novos pilotos. O sonho de voar transcende a aspiração pessoal, tornando-se uma necessidade em um mercado em constante expansão.


