A LATAM Airlines Brasil enfrentou críticas intensas nas redes sociais após a divulgação de uma nova orientação interna que restringe o uso do banheiro dianteiro da aeronave exclusivamente aos passageiros das três primeiras filas, configurando a chamada “primeira classe” ou “assentos mais conforto”.

A denúncia foi feita pelo executivo Carlos Eduardo Padula, membro da categoria Black do programa de fidelidade da companhia. Em publicação no LinkedIn, Padula classificou a medida como “desrespeitosa”, “sem lógica” e um exemplo de segregação a bordo.

“A LATAM acaba de reinventar o conceito de premium… para o banheiro”, ironizou.

Segundo o relato, passageiros das demais fileiras foram orientados a utilizar apenas os toaletes traseiros, gerando acúmulo de pessoas no fundo da aeronave, aumento no trânsito de clientes em pé e desconforto generalizado.

Padula também questionou a justificativa operacional da medida:

“Segurança? Não. Fluxo? Menos ainda. Esse tipo de ideia só nasce da cabeça de algum burocrata distante do cliente e da operação real.”

Repercussão e ameaça de boicote

A publicação viralizou rapidamente. Passageiros criticaram a política e alguns chegaram a sugerir boicote à companhia.

“Se não compramos assento a tempo, é melhor escolher outra empresa”, comentou um usuário.
“Mexeu no bolso, muda rápido”, escreveu outro.

Resposta da LATAM

Em nota oficial, a LATAM afirmou seguir uma “prática mundial de uso de toaletes por cabine”, alegando que a medida visa preservar a experiência do produto adquirido pelo passageiro. A empresa reforçou que a regra está em conformidade com a ANAC e a legislação vigente.

A companhia acrescentou que, em situações específicas — como necessidades especiais, emergências ou ajustes de fluxo a bordo —, a tripulação pode autorizar o uso do banheiro dianteiro por outros passageiros.

A mudança reacende o debate sobre experiência do cliente, critérios de segmentação de cabine e os limites entre diferenciação comercial e desconforto operacional.

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