Venezuela impõe prazo de 48 horas para retorno de voos internacionais
O Instituto Nacional de Aviação Civil da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (24) que as companhias aéreas internacionais têm um prazo de 48 horas para retomar os voos para o país. A advertência inclui a perda de licença para operar em território nacional para aquelas que não cumprirem a exigência, conforme relatado pela IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo).
Nos últimos dias, várias empresas aéreas internacionais suspenderam seus voos a partir da Venezuela em decorrência de um alerta da FAA (Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos), que apontou uma “situação potencialmente perigosa” nos sobrevoos do país. Essa questão já impactou negativamente a conectividade do território, tornando-o um dos menos integrados da região.
Reações adversas à decisão da Venezuela
A IATA criticou a ação do governo venezuelano, argumentando que essa decisão pode “diminuir ainda mais a conectividade” com o país. A associação, que representa cerca de 350 companhias aéreas, expressou suas preocupações sobre a segurança de seus associados e passageiros. Esse clima de incerteza tem gerado preocupações em relação à segurança das operações aéreas na área.
Descontinuação de voos internacionais
A companhia Air Europa foi uma das primeiras a suspender os cinco voos semanais entre Madri e Caracas, destacando que a retomada dos serviços depende de condições favoráveis. Outras operadoras, como Plus Ultra e Iberia, também interromperam suas atividades em direção à Venezuela, acompanhando a decisão de diversas empresas brasileiras e colombianas.
Um representante da Iberia informou que a paralisação dos voos se estenderá, no mínimo, até 1º de dezembro. A Gol, uma das principais companhias aéreas do Brasil, cancelou seus voos para Caracas nos dias 25 e 26 de outubro. A Turkish Airlines também decidiu suspender suas operações até 28 de outubro.
Preocupações com segurança e militarização
No último dia 21, a FAA alertou sobre o “agravamento das condições de segurança e o aumento da atividade militar na Venezuela e áreas adjacentes”. A agência destacou que esses fatores podem representar riscos para aeronaves em todas as altitudes. Recentemente, houve um aumento na presença militar americana na região, incluindo a movimentação de um porta-aviões e outros navios de guerra, além de caças F-35.
Até o momento, a resposta do Ministério da Informação da Venezuela aos alertas foi lenta, e não houve contato do Instituto Nacional de Aviação Civil sobre a situação. O desenvolvimento da situação continua e o impacto sobre a aviação comercial ainda é incerto, dependendo das reações das companhias aéreas e da segurança na região.


