O Caso VOEPASS coloca a Cultura Justa em cheque no Brasil

A aviação moderna reconhece uma verdade incontestável: errar é humano, mas punir o erro inevitável é punir a segurança operacional.

O caso da VOEPASS revelou um cenário preocupante: aeronaves operadas em condições irregulares, pressões operacionais documentadas e falhas sistêmicas evidentes. Mesmo assim, a primeira reação institucional foi direcionada ao piloto o elo mais visível, porém o menos responsável pelas condições criadas pelo sistema.

Quando o medo substitui a confiança, o reporte voluntário desaparece. Sem reporte, não há prevenção. Sem prevenção, a segurança deixa de ser um valor e passa a ser uma aposta.

A Cultura Justa não é sinônimo de impunidade. Ela exige responsabilização, sim mas responsabilização com justiça, proporcionalidade e foco na causa-raiz, não no bode expiatório.

Este é um dos temas que exploro de forma aprofundada no meu próximo livro, resultado de anos de pesquisa e atuação prática na aviação. Apresento uma análise inédita, fundamentada em normas internacionais, jurisprudência atual e estudos sobre fatores humanos, demonstrando como a verdadeira Cultura Justa é essencial para proteger o piloto e fortalecer a segurança operacional no Brasil.

Proteger o piloto que age de boa-fé não é privilégio. É Política de Estado. É Segurança Nacional.

Por Hilton Rayol Especialista em Direito Aeronáutico, Segurança Operacional, Consultor, Perito Judicial, Bacharelando em Direito.

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