Um jato particular teve uma experiência arriscada no último sábado (13), ao quase colidir no ar com um avião-tanque da Força Aérea dos Estados Unidos no Caribe, nas proximidades da Venezuela. O incidente aconteceu um dia após um caso similar envolvendo um voo comercial da JetBlue na mesma área, segundo relataram fontes da CNN.
Conforme transmissões de rádio disponíveis, os pilotos de um jato executivo Falcon 900EX, que estava a caminho de Miami vindo de Aruba, informaram ao controle de tráfego aéreo de Curaçao que se aproximaram perigosamente de outra aeronave, a cerca de 7.900 metros de altitude. Um dos pilotos mencionou que estavam “subindo direto” em direção ao outro avião, que descreveram como de grande porte, possivelmente comparável a um Boeing 767 ou 777.
### Incidentes em sequência
Na sexta-feira (12), o voo 1112 da JetBlue, que partia de Curaçao rumo ao aeroporto JFK, em Nova York, teve que interromper sua ascensão de forma abrupta ao cruzar o caminho de um avião-tanque militar americano. Segundo a CNN, o transponder da aeronave militar — dispositivo que comunica a posição aos radares civis — estava desligado. O piloto do voo comercial declarou à torre de controle que “quase houve uma colisão no ar” e descreveu a situação como “inaceitável”.
O Comando Sul dos EUA declarou em comunicado que está ciente das notícias sobre as operações militares na região do Caribe e que está avaliando o que ocorreu. A CNN também noticiou que autoridades do Pentágono e da aviação civil holandesa iniciaram investigações sobre os incidentes.
No mês anterior, a Administração Federal de Aviação (FAA) havia emitido um alerta para companhias aéreas americanas sobre o aumento das atividades militares próximas à Venezuela, informação que foi reforçada na semana corrente. O aviso destacou que tais operações podem representar riscos para aeronaves em qualquer nível de altitude, incluindo durante decolagens e pousos. Após o alerta, vários voos internacionais saindo da Venezuela foram cancelados, conforme reportou a CNN.
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) informou ao tabloide britânico Daily Mail que, até o momento, não está conduzindo investigações formais sobre os incidentes.


