O JPMorgan, em uma recente visita à fábrica de aviação comercial da Embraer em São José dos Campos (SP), junto a investidores, saiu do encontro com uma visão positiva e reafirmou sua recomendação de compra das ações da empresa. Esse otimismo se baseia na eficiência promovida pela administração, nas condições favoráveis do mercado de aviação e nas vantagens competitivas do modelo E2 em comparação com o A220 da Airbus.

Durante a visita, a equipe analisou o engajamento da Embraer em suas atividades de vendas, avistando uma delegação da Índia acompanhada pelo CEO de Aviação Comercial da empresa, Arjan Meijer, um indício encorajador de possíveis novos contratos. O JPMorgan estipulou um preço-alvo de R$ 108 para as ações EMBJ3, o que representa uma expectativa de valorização de 27,5% em relação ao fechamento anterior.

Ainda no encontro, o JPMorgan destacou que a Embraer está progredindo para atingir suas metas de entregas no setor de aviação comercial, que variam entre 77 a 85 aeronaves, e que mantém uma perspectiva otimista em relação a novas vendas antes do final do ano. Além disso, o segmento de Defesa teve um desempenho positivo durante o Dubai Airshow, atraindo novos potenciais clientes.

O JPMorgan comentou sobre a nova linha E-Jet, que se beneficiou de 15 anos de experiência acumulada. As principais inovações em relação à geração anterior incluem motores mais eficientes, asas com melhor aerodinâmica e sistemas de controle por cabos elétricos. Em comparação ao A220, o trem de pouso da família E2 tem um custo de revisão 10% inferior e requer apenas duas visitas ao hangar a cada dez anos, contra três ou mais dos concorrentes.

Seguindo as simulações feitas, o E195-E2 apresenta uma receita por viagem 1% inferior, mas com custos 7% menores, resultando em um lucro por viagem 28% maior. A receita por assento é 4% superior, enquanto o custo por assento é 3% inferior, levando a um lucro por assento 24% mais alto.

A frota de E-Jets da Embraer já conta com 1.700 jatos ativos em mais de 55 países, operados por mais de 80 companhias aéreas, sendo 20 delas para o modelo E2. Desde 2004, a Embraer tem uma participação de mercado de 29% nas entregas de aeronaves de pequeno porte (até 150 assentos), superando a Airbus que possui 20% e a Bombardier com 21% (incluindo o C-Series/A-220 contabilizado como Airbus).

Recentemente, a Embraer formalizou cinco acordos com a Polska Grupa Zbrojeniowa (PGZ) e suas subsidiárias, estabelecendo uma base para colaboração de longo prazo nas áreas de defesa e aeroespacial. Esta parceria abrange diversos serviços, incluindo manutenção, fabricação de componentes e desenvolvimento de produtos aeroespaciais, visando expandir a operação industrial da Embraer na Polônia.

O Bradesco BBI, que também recomenda a compra das ações, ressaltou que essa nova aliança estratégica fortalece a presença da Embraer no segmento de defesa europeu, podendo resultar em novos pedidos para o KC-390.

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