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Por que as pessoas tentam burlar os testes SHL e por que isso nunca funciona

Nos últimos anos, os testes SHL se tornaram parte central dos processos seletivos das maiores empresas do mundo. Eles são amplamente utilizados porque conseguem mapear, com alto grau de precisão, competências comportamentais, cognitivas e profissionais dos candidatos. Contudo, junto com sua popularidade, surgiram também tentativas de “burlar” ou manipular esses testes. Mas afinal, por que isso acontece e por que essa estratégia costuma ser um tiro no pé?

A falta de entendimento sobre o que realmente é o SHL

Grande parte dos candidatos acredita que o SHL é um teste de personalidade simples. Na prática, o SHL é um conjunto de ferramentas que avalia diversas dimensões do comportamento humano e da capacidade intelectual. Entre elas estão raciocínio lógico, interpretação de texto, resolução de problemas, julgamento situacional, aderência cultural e, claro, personalidade.

Isso significa que não existe apenas um tipo de teste SHL. Portanto, não existe uma fórmula mágica ou um “atalho” universal. Cada módulo analisa uma competência específica e, juntos, fornecem um retrato completo da forma como o candidato pensa, se comporta e toma decisões.

A ansiedade do processo seletivo alimenta a busca por atalhos

Processos seletivos competitivos geram ansiedade, insegurança e, muitas vezes, a sensação de que qualquer vantagem pode fazer diferença. É nesse cenário que muitos candidatos começam a procurar formas de “fazer bonito” no SHL, mesmo sem entender como ele funciona.

Essa pressão cria terreno fértil para promessas ilusórias. Materiais vendidos como “apostilas de SHL” ou “treinamentos para passar no teste” oferecem a ideia de que existe uma resposta certa para cada situação. Mas o SHL não funciona assim. Nos testes de personalidade e julgamento situacional, por exemplo, não existe resposta correta. O que existe é consistência no padrão comportamental.

O mercado das falsas apostilas

Com a popularização do SHL, surgiram empresas vendendo apostilas que afirmam ensinar o candidato a acertar tudo. A verdade é que nenhuma apostila tem o poder de fazer alguém “passar” em testes projetados para identificar padrões de comportamento reais. Além disso, quando o candidato tenta seguir respostas decoradas, ele cria um perfil artificial, com contradições entre suas escolhas. E essas inconsistências são facilmente detectadas pela análise estatística do SHL.

Em outras palavras, tentar manipular o teste costuma gerar exatamente o efeito contrário.

O SHL é construído para impedir manipulações

A arquitetura dos testes SHL é fundamentada em modelos psicométricos avançados. Eles detectam incoerências, respostas extremas, padrões incompatíveis com comportamentos humanos naturais e tentativas de mascarar traços reais. Perfis que apresentam contradições costumam ser automaticamente reprovados por falta de alinhamento e baixa confiabilidade.

Por isso, a tentativa de “burlar” o teste não só é ineficaz como também prejudica a credibilidade do candidato.

A melhor estratégia: autenticidade e preparação correta

Ao contrário do que muitos imaginam, o SHL não busca candidatos “perfeitos”. Ele busca candidatos coerentes, com autoconsciência e alinhamento aos valores da empresa. Por isso, a única preparação que realmente funciona é:

• compreender seus pontos fortes e fracos
• ser sincero nas respostas
• manter coerência ao longo da avaliação
• desenvolver raciocínio lógico e interpretação com prática legítima

Treinos superficiais não substituem comportamento real.

Conclusão

As pessoas tentam burlar os testes SHL por desconhecimento, ansiedade e influência de um mercado que promete soluções impossíveis. Porém, o SHL é estruturado justamente para identificar autenticidade e consistência. Quanto mais artificial for a resposta, maior a chance de reprovação.

A verdade é simples: no SHL, não existe “atalho”. Existe preparo, autoconhecimento e comportamento genuíno.

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