A Embraer informou que não se sente pressionada a decidir sobre o lançamento de um novo modelo de avião para competir com as gigantes Airbus e Boeing. Arjan Meijer, presidente e CEO da divisão de aviação comercial da empresa, declarou à agência Bloomberg que qualquer decisão nesse sentido será significativa e tomará o tempo que for necessário para ser tomada. Ele falou durante a reunião anual das companhias aéreas asiáticas em Bangkok, Tailândia.
A fabricante aérea brasileira, reconhecida principalmente por seus jatos regionais da linha E-Series, abandonou recentemente planos para desenvolver um novo turboélice. Meijer admitiu que existe uma pressão crescente no setor, inclusive nas equipes internas, para que a Embraer avance na produção de um novo avião comercial. No entanto, segundo ele, a empresa ainda está “muito distante” de qualquer decisão formal sobre o desenvolvimento de um novo modelo.
O custo para desenvolver uma nova aeronave comercial é alto, alcançando dezenas de bilhões de dólares, o que poderia representar um grande investimento para a Embraer, que acaba de registrar uma receita recorde e um volume histórico de pedidos. Por outro lado, o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, apontou que a demanda por aeronaves comerciais de médio porte pode criar oportunidades para outras fabricantes, desafiando o duopólio da Airbus e da Boeing no segmento de corpo estreito, que é o maior da indústria de aviação.
Além disso, a Embraer está aprimorando seu Super Tucano para atuar no combate a drones e também fechou um acordo com a Latam para fornecer 24 aviões, totalizando um valor de 2 bilhões de dólares, refletindo sua estratégia de atender à crescente demanda na aviação regional.


