Angola formalizou na quarta-feira, 5 de novembro, um acordo com o grupo alemão Lufthansa, visando apoiar a reestruturação da companhia aérea nacional TAAG. Essa iniciativa assinala uma nova etapa para a transportadora, que busca um parceiro estratégico, conforme indicado pelo Ministro dos Transportes em Luanda. Ele mencionou que a colaboração com a Lufthansa já tem um histórico, e o novo contrato oficializa esse compromisso com um dos importantes grupos de aviação da Europa.
Ricardo Viegas d’Abreu destacou a relevância dessa parceria para a modernização da TAAG em diversas áreas, com o objetivo de estabelecer uma companhia aérea de referência, idealmente reconhecida em todo o continente africano. O ministro fez essas declarações durante um encontro entre o Presidente angolano João Lourenço e o seu colega alemão Frank-Walter Steinmeier no Palácio Presidencial.
As áreas de atuação do acordo incluem a melhoria da governança corporativa, além de questões comerciais, manutenção, engenharia, formação e operações, buscando viabilizar a “visão de um eixo aéreo nacional” que contempla a inauguração do novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto.
O ministro ressaltou que o trabalho já está em andamento e a colaboração com a Lufthansa será benéfica nesse processo de transformação. Ele explicou que se trata de um acordo de serviços que inclui uma componente financeira, assegurando que as condições estão estabelecidas para garantir a normalidade na execução do projeto.
D’Abreu comentou sobre o investimento necessário para essa transformação da companhia aérea, observando que os acionistas da TAAG são igualmente os principais patrocinadores dessa reestruturação, embora tenha optado por não divulgar o valor envolvido.
O investimento, segundo ele, seguirá padrões apropriados e será fundamental para que a companhia aérea se torne mais capacitada e preferencial na região sul da África, melhorando a conectividade do continente.
Em relação ao futuro da TAAG e o possível processo de privatização, o ministro admitiu que essas questões estão interligadas. Ele expressou o desejo de abrir o capital da companhia em um momento mais propício para ajustar parcerias e mencionou que a Lufthansa poderia ser um parceiro desejável.
D’Abreu também enfatizou que a parceria vai ao encontro da estratégia de posicionar Angola como um hub regional de transporte aéreo. Isso envolve não apenas a TAAG, mas também outros agentes e entidades do setor.
Atualmente, a TAAG possui uma participação de mercado de cerca de 70% nas rotas internacionais e de 90% nas conexões nacionais, o que demonstra a importância de uma companhia aérea financeiramente saudável, com eficiência operacional e segurança, condições essenciais para o desenvolvimento contínuo do setor na região.


