Um McDonnell Douglas MD-11F operado pela UPS Airlines caiu logo após a decolagem no Aeroporto Internacional de Louisville, Kentucky, resultando na morte de sete pessoas e deixando ao menos onze feridos. A aeronave realizava um voo cargueiro regular quando apresentou falha grave imediatamente após o início da subida, levando à perda de controle e ao impacto em uma área industrial próxima ao aeroporto.
De acordo com as informações iniciais da investigação, o motor esquerdo da aeronave se desprendeu da asa durante a rolagem de decolagem ou nos instantes imediatamente posteriores ao levantamento do voo. Após a separação, chamas intensas foram observadas na asa esquerda. A aeronave atingiu baixa altitude, rolou para a esquerda e caiu poucos segundos depois, impossibilitando qualquer tentativa eficaz de estabilização ou retorno à pista.
A aeronave envolvida, registrada como N259UP, foi fabricada em 1991 e operava na frota da UPS desde 2006. No momento da decolagem, transportava aproximadamente 25 mil galões de combustível, o equivalente a cerca de 94 mil litros, volume que contribuiu significativamente para o incêndio pós-impacto. Além dos três tripulantes a bordo que perderam a vida, quatro pessoas em solo também morreram, devido ao impacto e ao fogo intenso que atingiu estruturas industriais próximas ao local da queda. Equipes de resgate conseguiram evacuar e prestar auxílio aos feridos, que foram encaminhados a hospitais da região.
Impactos na operação do aeroporto
O Aeroporto Internacional de Louisville suspendeu suas operações temporariamente para permitir o trabalho de bombeiros aeroportuários, equipes médicas e autoridades de segurança. A UPS possui seu principal hub logístico global em Louisville, conhecido como Worldport, o que fez com que a interrupção tivesse impacto imediato na malha de distribuição de carga da companhia.
Histórico do modelo MD-11 em operações de carga
O MD-11 é amplamente empregado em operações cargueiras de alcance intercontinental. Embora seja uma aeronave com desempenho robusto, seu projeto exige controle rigoroso de atitude e gerenciamento de energia, especialmente em pousos e decolagens. O histórico operacional do modelo já havia registrado incidentes envolvendo perda de estabilidade em fases críticas do voo, fator que reforça a necessidade de treinamento específico e contínuo para tripulações que operam o tipo.
Investigação conduzida pela NTSB
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos iniciou a análise técnica do acidente. A investigação irá se concentrar em:
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Condições estruturais do pilone que conecta o motor à asa
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Histórico de manutenção recente dos componentes envolvidos
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Registros do gravador de dados de voo (FDR)
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Comunicações captadas pelo gravador de voz da cabine (CVR)
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Possíveis danos secundários em sistemas hidráulicos e elétricos decorrentes da separação do motor
Os primeiros resultados oficiais devem ser divulgados em relatório preliminar dentro de algumas semanas. A conclusão final pode levar meses, considerando análises laboratoriais e simulações.
Considerações para segurança operacional
Mesmo em operações de carga, que envolvem tripulações reduzidas, o acidente reforça princípios fundamentais:
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A importância de inspeções estruturais minuciosas, especialmente em aeronaves com décadas de operação
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A necessidade de manter doutrina de tomada de decisão imediata diante de falhas críticas
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A relevância da coordenação entre tripulação técnica, equipes de solo e serviços de emergência aeroportuária
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A centralidade da cultura de segurança como elemento permanente e não negociável
Este evento será objeto de estudo em escolas de aviação, centros de treinamento e departamentos de segurança operacional, contribuindo para o aprimoramento contínuo das práticas da indústria.
